
Comércio Varejista de São Paulo Inicia 2025 com Crescimento Recorde de 9,9%
São Paulo reafirma seu papel de motor econômico do Brasil. Mesmo diante dos desafios impostos pelo cenário político atual, o comércio varejista paulista iniciou 2025 em forte crescimento. As vendas do setor avançaram 9,9% em janeiro, em comparação com o mesmo período de 2024, atingindo um faturamento recorde de R$ 116,7 bilhões. Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), elaborada pela Fecomercio-SP.
Setores em Destaque
Alguns segmentos se sobressaíram nesse início de ano:
- Vestuário, tecidos e calçados: alta de 13,4%;
- Autopeças e acessórios: crescimento de 13,3%;
- Farmácias e perfumarias: avanço de 12,1%;
- Outras atividades: aumento de 11%;
- Concessionárias de veículos: expansão de 10,5%;
- Supermercados: incremento de 9,7%;
- Lojas de eletrodomésticos, eletrônicos e departamentos: crescimento de 8,1%;
- Materiais de construção: alta de 5,1%.
A única exceção ficou por conta do segmento de móveis e decoração, que registrou uma queda de 3,3% no período.
Expectativas para os Próximos Meses
Apesar do desempenho robusto em janeiro, a Fecomercio-SP alerta para a possibilidade de desaceleração nas vendas do varejo paulista ao longo dos próximos meses. Essa perspectiva é motivada por fatores macroeconômicos, como a taxa Selic elevada, mantida em 14,25% ao ano, e a inflação acima do teto da meta estabelecida pelo Banco Central, com o IPCA atingindo 5,06% em fevereiro.
Desempenho do Varejo na Capital Paulista
Em São Paulo capital, o comércio varejista também apresentou números positivos. As vendas cresceram 9,3% em janeiro, movimentando cerca de R$ 35 bilhões.
Os setores que mais impulsionaram o desempenho da capital foram:
- Eletrodomésticos e eletrônicos: alta expressiva de 16,6%;
- Autopeças e acessórios: crescimento de 10%;
- Supermercados: avanço de 9,5%;
- Lojas de móveis e decoração: aumento de 7,6%;
- Farmácias e perfumarias: crescimento de 7,5%;
- Concessionárias de veículos: alta de 7,4%;
- Lojas de vestuário, tecidos e calçados: expansão de 7,4%;
- Materiais de construção: incremento de 4,6%.
O cenário favorável reforça a importância do varejo para a economia paulista, ainda que os próximos meses exijam cautela diante dos desafios econômicos previstos.